Troque um Big Mac por um CD

Troque um big mac por um CD
Um dia desses, recebi um tweet pedindo que enviasse um link para download do novo CD da minha banda. Seria hipocrisia, da minha parte, achar isso inusitado, já que é o que vemos todos os dias na internet: pilhas e pilhas de links, praticamente suplicando para que você compartilhe, baixe, curta, retweet, divulgue… Enfim, toda essa avalanche de informações que acompanhamos todos os dias, assim que ligamos nossos computadores, celulares e tablets. Dizem que já tem até geladeira com internet.

Fiquei pensando no quanto se tornou natural, para as pessoas, não desembolsar um tostão sequer para desfrutar de uma obra musical. Se bem me lembro, quando criança, para se ter um disco, você separava dinheiro do salário e deixava uma reserva para comprar as tais beldades. Ouvir música era uma atividade na qual se reservava tempo para apreciação. As pessoas se esqueciam da vida assim que a agulha tocava o vinil. Sentavam-se em frente ao aparelho de som e simplesmente ouviam. Sim! E o disco todo, como uma obra de arte. Era uma espécie de êxtase induzido.

Hoje a música está em toda parte e, graças à tecnologia, podemos ouvi-la no carro, andando de bicicleta ou a pé. Fazemos tudo ouvindo música, e ela é acessível a todos os gostos. Com a popularização da web, qualquer compositor pode divulgar seu trabalho com as mesmas chances, desde a banda mais famosa do momento até o som que seu vizinho faz na garagem, atrapalhando seu domingo.

Mas quanto custa um disco para quem o produz? Talvez esse detalhe da coisa não seja tão acessível quanto a música na internet. Poucos sabem o que os músicos passam para conseguir gravar o tão sonhado CD. Por mais que a tecnologia esteja popularizada e o modo de gravar gere custos mais compactos do que há alguns anos, ainda se precisa de muito investimento. Acompanho muitos trabalhos e ouço muitas histórias inusitadas sobre quais tipos de malabarismos meus irmãos de profissão já tiveram que fazer: rifar um porco na paróquia, fazer docinhos para vender depois da missa, penhorar o carro, organizar festas beneficentes. É um trabalho de dedicação que envolve pesquisa, ensaios, gravações, registro de música, fotos, confecção de encarte, impressão, impostos, taxas e mais impostos.

Agora, quanto custa o CD na prateleira? Se você entrar nos sites cristãos de venda de disco, dá para traçar uma média entre 17 e 20 reais para cada trabalho. Vamos combinar que esses preços estão congelados há pelo menos 5 anos. Falem-me um item que vocês tenham comprado no supermercado que não tenha sofrido inflação nesses últimos meses.

Tempo…

Com 17 reais, hoje em dia, não se compra quase nada. É um almoço no shopping, é o ingresso do cinema em São Paulo, é quanto se gasta de metrô em meia semana de ida ao trabalho. Sabem quanto custa um Big Mac Trio? Os mesmos 17 reais do CD. Para essa conta maluca fazer mais sentido ainda, basta pensar o que acontece com o seu investimento em um lanche compacto americanizado. Claro que não estou agourando seu maravilhoso almoço de 500 calorias deliciosamente saudável. Mas, gente, se um disco de música cristã custasse 40 reais, que é mais ou menos o que se paga nos lançamentos de música secular por aí, eu até entenderia o lance de procurar uma alternativa diferente, como baixar de graça ou copiar o disco do vizinho, o abuso do jeitinho brasileiro: _ Tá caro e a gente não tem como comprar!

Nunca levanto muitas bandeiras, mas tenho uma opinião formada quanto a isso. Se vocês têm condições de comprar um Big Mac, façam esse favor à sobrevivência da música católica: economizem um pouquinho e comprem os álbuns, apreciem os trabalhos, dêem valor àquilo que é nosso. Isso é sinônimo de consciência cristã e de respeito aos nossos artistas.

Os evangélicos sabem muito bem disso. Comprova-se claramente pelas tiragens e vendas de CDs gospel. E isso dá suporte à qualidade e ao profissionalismo dos trabalhos deles, que, por muitas vezes, são superiores aos nossos.

A campanha está lançada: Troque um Big Mac por um CD! Garanto que não engorda e praticamente não há contra-indicações.

Lize Borba

Designer, diretora de arte da gravadora Codimuc e vocalista da banda Beatrix.
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27 respostas a Troque um Big Mac por um CD

  1. Guilherme Lopes disse:

    Galera ontem eu estava falando isso com meus amigos! Porque os cantores seculares tem suas musicas pra baixar na internet e é tão difícil achar as musicas católicas pra download, oq importa é a evangelização e não o dinheiro! E reparem q esses cantores vendem mtos cds pq se as musicas forem boas e a pessoa gostar dos artistas ela vai comprar os cds! Agora, é ridiculo não disponibilizar esse conteúdo q ajudaria na divulgação e consequentemente na valorização se a musica for de qualidade.

  2. LucasFC disse:

    Achei o texto maravilhoso, e estava comentando com uma proprietaria de loja de artigos religiosos, sobre esse assunto dias atras. referente até o novo cd do Anjos, 20,00 (vinte reais) que sao 2 lanches na esquina de casa ou duas marmitex. 20,00 por um cd q dura anos e anos vale mt a pena. e tava comentando com ela q eu via a luta e esforço do Marcelo Duarte q td dia partilhava a criação desse cd no twitter, uma ferramenta q me revelou o qnt dificil é pra que esse cd maravilhoso chegasse aki em casa. q Deus abençoe a tds os músicos, q nunca desistem e saiba q estamos jnts e que Deus vai honrar a vida de cada um. Fiquem na Paz

  3. Mayara Eler disse:

    Nossa, concordo plenamente com o texto! Eu tenho dificuldade de vender o CD da banda formada pelos membros de minha Paróquia, na minha própria paróquia! E acreditem, ele custa 10 reais! Pois é, a desvalorização de nossa música Católica pelos Católicos é um Fato!
    Me lembro das indicações da música Católica ao Grammy Latino do ano passado na categoria Música Cristã (Língua Portuguesa) onde foram indicados álbuns como “Em Santidade”, Ministério Adoração e Vida e “Horizonte Vivo Distante”, Rosa De Saron e a única indicação de cantora evangélica: “Extraordinário Amor de Deus”, Aline Barros, foi a vencedora.
    E saibam que eu conheço muitos católicos que não conhecem nenhuma música do cd do MAV, mas com certeza conhecem Ressuscita-me, deste álbum da Aline Barros.
    Nós precisamos investir em nossa música! #TroqueumBigMacporumCD

  4. DIEGO NEVES disse:

    EM RELAÇÃO AO VALOR DO CD:

    ACREDITO QUE POUCAS PESSOAS SABEM COMO O E FEITO O PROCESSO DE GRAVAÇÃO DE UM CD: PRÉ-PRODUÇÃO, PRODUÇÃO E PÓS PRODUÇÃO. COMO CADA FASE DESSA DÁ TRABALHO. TODA EQUIPE ENVOLVIDA PARA O PROJETO GERAL DE CERTO. SINCERAMENTE NÃO E CARO PAGAR R$ 17.90 EM UM CD, CONSIDERO ISSO UM INVESTIMENTO PARA MINHA FAMÍLIA, AMIGOS E PRINCIPALMENTE PARA MIM.

    INTERESSANTE QUE AS PESSOAS PAGAM PARA ENTRAR EM UM SHOW R$ 50,00; R$ 75,00; R$ 100,00 (ATE BARATO) MAS AINDA TEM GENTE QUE PAGA R$600,00 EM UM SHOW DA MADONA, JUSTIN BIEBER, U2…

    AGORA COMPRAR UM CD DE UMA BANDA QUE LANÇA SEU PRODUTO A CADA 2 ANOS OLHE LÁ… TODO MUNDO ACHA CARO.

    IR A UM EVENTO CATÓLICO PAGANDO R$ 25,00 TEM VÁRIOS JOVENS QUE RECLAMAM.

    FALA SERIO!!! TEM CADA CRISTÃO… MORNO….

    SINCERAMENTE NÃO GOSTARIA DE FAZER UM TRABALHO BEM FEITO E DEPOIS ALGUÉM COPIAR OU ENTÃO RECLAMAR SEM RAZÃO.

  5. Nathan disse:

    Achei muito interessante o texto… 20 reais realmente não é tão caro assim, mas acho que o maior problema da música católica é que ela é mal divulgada, conheço poucas pessoas que conhecem mais de cinco bandas/músicos católicos, pessoas que são católicas a anos e não se interessam pela parte da música católica

    Quando tocamos nas Missas temos uma dificuldade enorme em relação as músicas, pois se formos optar pelas bandas atuais a assembleia fica muda e nosso papel é ajudar a assembleia a cantar e não cantar por ela

    Na região temos uma prefeitura que finança diversos shows, uma vez por mês tínhamos o Projeto Católico, quando foram bandas conhecidas como Rosa ou Adriana conseguimos lotar a casa, mas na maioria das vezes ficava pela metade…

    Ou seja, o maior problema está na educação do católico que não valoriza tanto o ato de ouvir a música católica… pra maioria música católica é pra hora da Missa, conheço poucos que a ouvem normalmente durante a semana

    Obrigado pela atenção, e vamos deixar de comer Big Mac ;DD

  6. Luiz Antônio Pereira disse:

    Veja o que era a CODIMUC a 7 anos atrás e olhe como está agora. Os artista se debandaram. A Codimuc encolheu. Não se é falta de profissionais ou ousadia.
    Primeiro as gravadoras e os artistas deveriam dar o exemplo, optando por gravadoras católicas, aí sim, depois podem cobrar fidelidade ou qualquer coisa dos católicos.

  7. Heloiza Kruleske disse:

    Apoiadíssimo! Vamos divulgar esta campanha e conscientizar nossos irmãos católicos!!

    A situação já está tão enraizada que já aconteceu duas vezes de eu comprar um CD original de músicos católicos e ser criticada por amigos por “gastar dinheiro” com o que se pode conseguir de graça na internet!!
    Fiquei revoltadíssimo com o infeliz comentário da criatura e dei-lhe um belo sermão, tentando conscientizá-lo da importantacia de apoiar e, de certa forma, patrocinar estes evangelizadores pela arte!
    E houve resultado!Um mês depois ele apareceu com um CD que ele havia comprado original da livraria!! E ficou super feliz de poder ter o encarte e a faixa multimídia (que, baixando da internet, ele nunca tinha!)

    É só assim que as coisas funcinam!! Cada uma fazendo sua parte para divulgar e conscientizar!

    Um abraço!
    Fikem com DEUS!

  8. Maicow Venildo disse:

    Cá estamos nós comercializando a fé novamente, músico profissional evangelizador, a igreja devia ajudar na gravação do cd e usá=lo para angariar fundos, o musico evangelizador receber um salario para isso mais comissões por show, mas pelo jeito todos querem viver como popstars de musica profana

    • Thiago Paim disse:

      Não estamos comercializando a fé, mas músicas. Quanto a igreja pagar os músicos apenas para serem músicos evangelizadores, acredito que seja meio inviável, a não ser que cada paróquia pague um salário para os músicos que tocam nela, mas daí tinha que ser uma coisa extremamente organizada e ainda assim acredito que seja financeiramente impossível. Como assim “música profana”?

    • Junior Amorim disse:

      ” mas pelo jeito todos querem viver como popstars de musica profana” (Maicow Venildo)

      Acho que o irmão não sabe dizer o que é musica profana. Mas só pra esclarecer:

      “Por arte profana, entenda-se as manifestações artísticas não vinculadas à valores religiosos.” (Wikipedia)

      Acho que de maneira alguma isso se aplica na nossa igreja. tenha cuidado ao mencionar coisas que Não sabe, onde você viu algum cantor ou banda católica e antes de tudo Cristã, cantar musica profana? Estamos em um ambiente “virtual público” Cristão. Tenhamos cuidado com nossas palavras. Comentário seu, acho que meio que impensado.

      Quanto ao comentário do Paulo, sugiro que estude mais sobre a Igreja e sua palavra, pois se você não reparou existe essa passagem na bíblia que foi mencionada no comentário.

      “porque digno é o trabalhador do seu salário” (Lucas 10.7).

      O Músico de Deus por acaso não é trabalhador?

  9. paulo disse:

    me soa esttanho cobrar para evangelizar. Os apóstolos não faziam isso. Quer viver de música? Emtão não venda evangelização. Quer cobrir os custos? Cobre da santa sé garanto que verba não falta. Acho o artigo válido, para música, não evangelização.

    • Thiago Paim disse:

      Os apóstolos recebiam dinheirinho sim, Paulo. Quem o guardava era Judas (João 12, 5-6 / João 13, 27-30). É discutível?!?

      Quanto a não vender evangelização… acho que é um bom ponto. Poderia explicar melhor?

      Cobrar do vaticano ajuda financeira para que músicos católicos possam pagar suas contas é meio inviável.

  10. Junior Amorim disse:

    Irmãos,

    Vi muitos comentarem sobre vendagem de discos, lucro com shows, downloads de músicas e até sobre música evangélica ou música católica. O que posso opinar sobre esse assunto é que, estamos em um mundo que todos pensam diferente cada um tem uma opinião e eis aqui a minha também. Então para mesclar um pouco os assuntos vejamos por partes.

    Vendagem de discos:

    No meio católico ainda perdemos para os evangélicos em vendagem de discos sim! Isso é fato e não podemos negar! Mas porque? Por que os trabalhos deles são melhores? Acho que não, pois tem cada música evangélica aí que … Pelo amor de Deus! Protejam seus ouvidos! Porém o meio católico musical durante muito tempo teve suas pérolas, mas de uns anos pra cá isso tem mudado muito e com um crescimento absurdo! Hoje temos muitos compositores e intérpretes de qualidade e musicalidade o suficiente pra qualquer situação. Dentro das duas religiões existem os Músicos e Cantores de destaque e os que não são. Então acho que depende muito do nosso publico se conscientizar e ter uma certa “educação” para adquirir os trabalhos católicos nas lojas. (Mas isso depende de cada um, não se resolve do dia para a noite) Acho que resolvendo isso conseguimos mudar um pouco esse quadro.

    Lucros com shows:

    Isso é bastante complexo. Mas vamos lá. Voltemos um pouco atrás, não se tinha muito o costume de ir a shows católicos a uns 15 a 20 anos, até porque não tínhamos muitos artistas católicos, isso veio mais depois da Renovação Carismática agir no Brasil e ser amplamente divulgada com força total, isso no fim dos anos 90. Aí foi que começamos a conhecer bandas, que não custa lembrar nomes como Mensagem Brasil, Vida Reluz (época do Valmir), Jhony e “Fabio de melo” que na época era só Fabio de melo e outros mais. E hoje com tantas bandas que temos ainda não se tem uma lotação em casa de shows pra ver bandas católicas como era pra ser. Mas acredito eu que é o suficiente pra manter as despesas e o artista cristão poder ganhar algum lucro com seu trabalho, afinal O senhor nos fala: “porque digno é o trabalhador do seu salário” (Lucas 10.7). O Músico de Deus por acaso não é trabalhador? Ele precisa ter fé em Deus e confiança no valor de sua mensagem para deixar por conta de Deus e da importância da mensagem a garantia de sustento. Mas ter o discernimento de saber que nos shows, Deus age tanto no Músico anunciador da palavra quanto em quem está prestigiando o trabalho. E ainda financeiramente procura-se ser bastante viável, não sejamos Hipócritas em acreditar que só porque é músico de Deus vamos tocar de graça, sabemos que não é assim que funciona e que tem muitas outras coisas e necessidades de bandas, músicos e cantores por trás disso.

    Downloads de Músicas

    Isso vai depender de qual forma cada banda deve administrar seus trabalhos e com qual objetivo. Isso vale de cada um. Isso envolve muitas coisas, evangelização, divulgação do trabalho, lucros e conseqüentemente os interesses da banda. Cada banda ou músico tem que ver sua situação.

    Música Evangélica ou Música Católica.

    Todas são para o puro engrandecimento do Senhor!

    Ahhh…. afinal, eu troco sim o BigMac por um CD. RSRSRS

    Amém!

  11. Thiago Paim disse:

    Concordo com Robson Kaio quanto ao CD ser uma ferramenta de divulgação. Adiciono a isso a necessidade de nós músicos irmos além. Não basta ficarmos horas tocando um instrumento ou treinando a voz, nos aperfeiçoando apenas a técnica.

    Pertinente, também, é o comentário de Alex Coimbra: “Não podemos correr o risco de repudiar o argumento da Lize, pois embora a banda dela, e as demais bandas católicas estejam de fato interessadas em falar de Deus (cada um à seu modo), todos os artistas se dedicaram, e não podem ficar levando prejuízo financeiro sempre. Se isso acontece, a fome chega, as contas chegam, e o salário não chega. Além disso, o preço dos produtos católicos são muito baixos. Mas se for mais válido gastar o dinheiro com porcarias calóricas, essas contas vocês prestarão para alguém que não sou eu.”.

    Acredito que os músicos tem de ser empreendedores, pensar além da música com letra e melodia. “Apenas” gravar um CD, e coloco esse apenas em aspas por que sei da dificuldade de produzi-los e distribui-los, e esperar que vendam centenas, milhares ou só algumas cópias para pagar as contas é muito difícil… Chega a ser inocência… Novamente, sem entrar no mérito de se os músicos são católicos, evangélicos, ateus ou de qualquer outra religião. No que a pessoa acredita não interfere na qualidade musical.

    Investir no novo, ousar, procurar referências, não copiar, tentar descobrir o porque de determinada música/banda ter dado certo ou não, descobrir novas maneiras de interagir com o público, tanto na rede quanto fisicamente… Empreendedorismo músical… Olha aí… Ta parecendo esquema de auto-ajuda. rs

    Correndo um risco enorme de falar mais besteiras do que já falei, acho que esse lance de Fã mesmo não existe mais desde Beatles… Michael Jackson… … Madonna, bem… Justim Bieber, talvez tenha retomado um pouco disso…, mas as coisas estão mais passageiras… rápidas. Se ele próprio não se reinventar, talvez não consiga a fama que teve no próximo CD. Quem seguiu essa linha mutante foi o U2. Quem escuta War de 1982 e Zooropa de 1993 percebe uma grande diferença, daí pro Pop de 1997… Vixi! No line on the horizon… Distante, né?

    Tentando continuar com a discussão, coloco em pauta o lance da livre troca da informação. Será que a música poderia também ser livre, onde o que seria comercializado é a experiência de degustar música, também citada no artigo, mas perdida nos dias atuais, ou algo que não seja apenas de uma via, como as músicas são hoje em dia?

    Exemplo: A cantora Bjork com o projeto Biophilia (em inglês)

  12. Alex Coimbra disse:

    O argumento utilizado pela Lize é completamente pertinente. Não é questão de divulgação somente. Os músicos, sejam católicos ou seculares, se empenham, se doam, gastam seu tempo, sua disposição… e o mínimo que o público pode fazer, é recompensar esta dedicação do artista, adquirindo a obra, lutando junto. Infelizmente (ou não), nem todos nasceram em berço de ouro. Muitas das bandas católicas tem qualidade suficiente para tocar no mercado secular. Se são católicas, são por opção, pois querem de fato levar a palavra de fé. Não podemos correr o risco de repudiar o argumento da Lize, pois embora a banda dela, e as demais bandas católicas estejam de fato interessadas em falar de Deus (cada um à seu modo), todos os artistas se dedicaram, e não podem ficar levando prejuízo financeiro sempre. Se isso acontece, a fome chega, as contas chegam, e o salário não chega. Além disso, o preço dos produtos católicos são muito baixos. Mas se for mais válido gastar o dinheiro com porcarias calóricas, essas contas vocês prestarão para alguém que não sou eu.

  13. Adriano disse:

    Culpar o avanço tecnológico pela decadência da industria fonográfica já é um argumento batido.
    Tem um monte de banda que disponibiza o CD inteiro na internet como meio de divulgação.
    Mas em música católica eu pensei que o mais importante era evangelizar..

  14. Robson Kaio disse:

    Saudações e todos!

    Essa evolução tecnológica (graças a Deus que ela acontece a cada dia), está muito fácil gravar e disponibilizar trabalhos artísticos para que outras pessoas possam conhecer.

    Essa centena de milhares (sei lá se milhões rs) de trabalhos estão aí na nuvem da internet pra quem quiser, é só dar uma vasculhada que você acaba encontrando coisas que nem imaginaria que puderiam existir. Tem pra todos os gostos, e isso é muito bom: Arte pra quem quer, da forma que gosta e na hora que quer.

    Lendo o texto da Lize, consegui captar um pouco do sentimento dela quando ela fala sobre isso. Sei quanto custa gravar um CD, o trabalho que dá e como é difícil vender. As vezes nem é pra obter lucro, mas para cobrir os gastos. É difícil e deve ser tenso você ver alguém oferecendo seu trabalho de graça ou cobrando R$ 2,00 no camelô mais próximo.

    Acredito que esse seja o preço da “praticidade da evolução tecnológica”. Com um computador é possível fazer muita coisa que há alguns anos atrás somente empresas com grandes estruturas podiam fazer.

    Respondendo à questão feita pelo Thiago Paim, penso que o Radiohead, Pearl Jam, e outras que disponibilizam as músicas gratuitamente apostam na ideia de que quem curte vai comprar o CD pelos diferenciais que todos conhecemos (qualidade no som, trabalho artístico das artes e etc). Claro que estamos falando de bandas que enchem o Morumbi quando passam pelo Brasil, mas acho que essas bandas conseguem seu “retorno financeiro” nos show que fazem.

    Na minha humilde opinião, para uma banda pequena (espero que entendam esse termo de forma positiva) um album deve ser feito sem a ambição de dar retorno financeiro. Seria uma ferramenta de divulgação do trabalho.

    E a gravadora, onde ganha? Bem, acho que cobrar R$ 2,00 por um download de música na plataforma iTunes seja uma boa forma. Muitas estão fazendo isso e vem dando certo.

    Obrigado pela atenção de desculpem pelas opiniões que não agradaram… rs

    PaX et Bonun!

  15. Thiago Paim disse:

    Não somos geração Y ou Z, somos a Geração Cópia. Quem nasceu a partir dos anos 80 foi acostumado a ouvir rádio e gravar a programação num fita cacete e, fala sério, emprestar LP é chato pra caramba, daí, mais gravações em cacete para os amigos. Sem mencionar as fitas VHS… Lembram que tínhamos que fechar um lacre na parte de traz delas?

    Quanto ao custo de se produzir um CD, existem bandas vendendo-os a R$ 5,00 e lucrando. Sem chegar ao mérito de se a produção é excelente.

    Como citado no artigo, pessoas ouvem músicas em carros, MP3 players e, quem sabe, geladeiras. Aliás, seria massa um estudo etnográfico sobre como as pessoas consomem música hoje em dia. Então, será que essa qualidade máxima é mesmo necessária? O valor cobrado pela produção é o mesmo repassado para o público que prefere ouvir a música no formato MP3 no carro? Precisamos ter “super-produtores” ou “super-mixadores” ou o que as pessoas querem mesmo é ouvir música boa quando e onde elas quiserem?

    Acredito, e essa é minha opinião, que tenhamos que oferecer algo melhor do que as pessoas que compartilham músicas. Essa é a jogada. Acho caro, não pelo valor do dinheiro, mas é mais cômodo baixar a música. (Depois desta serei demitido da CODIMUC) rs

    O que penso ser necessário para recuperar as vendagens de CDs, eximindo o lance de ser evangélico ou católico, é oferecer um serviço ótimo.

    Netflix, por exemplo, fez um negócio que está crescendo em nosso país e crescerá mais se a velocidade da internet ajudar. Você paga um valor mensal fixo e pode assistir a lista de filmes deles, que não é pequena, a vontade. O Crackle oferece um número menor de filmes, porém, de graça. O iTunes, se não me engano, oferece o valor de US$25,00 para “regularizar” as músicas que a pessoa havia adquirido irregularmente.

    Bandas conhecidas, como Radiohead, ofereceram suas músicas pelo valor que os fãs quisessem pagar. O Pearl Jam tem uma rede social virtual que dispõe vantagens e promoções exclusivas para os assinantes. E não são apenas grandes bandas que estão correndo atrás: no meio católico, a banda Canal da Graça oferece suas músicas para serem ouvidas via streaming a qualquer momento.

    Daí, qual será o rumo que músicos e gravadoras devem tomar?

  16. Lafayette Teixeira disse:

    Um ótimo artigo e muito bem redigido. Parabéns! Pena que no final mais uma vez a Música Católica é colocada como inferior à música evangélica. Relevo, pois na verdade se trata de pensamentos e opiniões. Não há uma argumentação ou pesquisa alguma que comprove tal afirmação. Estanho isto ainda mais vindo de um site de uma gravadora católica. Aff… Música Católica: coitadinha mais ua vez… Será que quem a taxa assim realmente a conhece 100%?????

  17. Já dizia Juca Chaves: “a diferença de comprar um CD pirata e um original é que ao comprar um original você sabe quem está te roubando.”

    Não se espante por eu repetir essas palavras, pois são a mais pura verdade.

    Nas lojas encontramos Cds de artistas famosos por R$ 30,00, e de contrapartida encontramos Cds de outros artistas também famosos, as vezes da mesma gravadora, por apenas R$ 5,00. Diferença grande não acha? Será que ao vender um CD por R$ 5,00 essas gravadoras e artistas não estão lucrando nada?
    Medite

  18. Muito bom o artigo,

    A viabilização de um conteúdo, de maneira especial o da música católica, não deve diminuir ou relativizar em nós a consciência que para esta mesma música acontecer é necessário muito investimento.
    Investimento este que sabemos, em nosso meio, não ser dos mais acessíveis.
    Adquirir um Cd católico, deve ser para nós um alegria, uma conquista, pois este pequeno objeto (CD) comporta a luta, a perseverança, persistência, ralação, espiritualidade e tempo dedicados por nossos artistas. E além de tudo isso, que é muito importante, trás consigo a mensagem de um Deus que nos ama e quer nos conquistar. Esse tesouro é inestimável.

    Deus abençoe nossa música católica!

    Fabiano, Marta e Tobias

  19. Juliana disse:

    A Campanha é ótima!!! Tanto para valorização dos artistas e seus álbuns quanto para uma vida mais saudável;

    Precisamos valorizar nossos profissionais!

    Ótimo post Lize!
    Fique com Deus!

    Juliana Miranda
    Profissional Bacharel em Educação Física

  20. Régis Cristoativado disse:

    Otimo texto ein Lize…
    O povo tem que colocar a mão na cabeça e saber fazer bom uso do dinheiro comprando CD que vão ajudar o musico a buscar sempre fazer algo melhor para o publico e consequentemente para Deus.

  21. Emanuel Postui disse:

    Olá,
    Durante um bom tempo da minha vida eu era favoravel a essa prática de disponibilizar o cd na integra pra baixarem. Acredito que uma música ou outra é interessante… aliás, o método que a Beatrix usou foi ótimo… aquele dos tweets hehe.
    Depois de gravar algumas músicas percebi que não estava indo a lugar algum. Realmente, ajuda na divulgação… mas até que ponto? E toda a grana investida… não terei retorno? Lógico, é uma obra de evangelização. Mas custou caro né? Ao menos “empatar” seria o justo.
    Ótimo post Lize

    Emanuel Postui – Banda Queda Livre (Curitiba)

  22. Excelente artigo, Lize! Amei! =]

    Deus te abençoe, amiga!

    #tamojunto

    Rafael de Angeli
    Banda Canal da Graça

    • Rodrigo Zeni disse:

      Excelente artigo! Retrata bem a realidade atual de nós músicos, que muitas vezes precisamos “Desvalorizar” nosso trabalho, e fica-lo oferecendo insistentemente no facebook, como se não valesse nada… Precisamos tomar cuidado, porque na nossa geração Bic Mac, podemos baratear também o evangelho.

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