Como está o seu ministério hoje? Já passaram por muitas dificuldades para se manterem em pé e firmes na fé? Você já pensou em largar tudo e desistir?
Estou escrevendo este artigo no início da semana santa. É um tempo extremamente propício para reflexões, e Jesus colocava muito forte em meu coração uma comparação de sua paixão, morte e ressurreição com as nossas vidas missionárias através da música.
Há alguns anos, fiz uma experiência diferente durante a Quaresma. Em vez de ficar sem chocolate, refrigerante ou algo do tipo, pedi que o Senhor me desse sofrimento durante os 40 dias. Foi uma experiência única e maravilhosa. Preciso refazê-la em breve.
Sempre imaginamos que do sofrimento não tiramos coisas boas. Pelo contrário. Como meu intuito era crescer na fé e na minha vida ministerial, eu consegui interpretar todo o sofrimento que o Senhor me deu em forma de vida, de força e de unção.
A vida dentro de uma banda religiosa ou ministério não é nada fácil! Quantas vezes a culpa é sua de algo que você não fez? Quantas oportunidades temos para derrubar alguém que não foi ao ensaio, à vigília de oração, à Santa Missa ou à reunião? Pilatos, no Domingo de Ramos, tenta evitar a morte de Jesus, mas o povo acaba por encerrá-la: “Crucifica-o! Crucifica-o!”.
Saber ouvir o amigo e irmão de ministério nem sempre é bom e fácil. Trabalhamos com pessoas e pensamentos diferentes, o que nos leva a, normalmente, ter atitudes desiguais. Quantas vezes conseguimos perdoar verdadeiramente? Quantas vezes conseguimos nos calar e deixar Deus agir em algo com que não concordamos? Quantas vezes eu deixei o Senhor falar através de mim pelas minhas atitudes e palavras? Jesus, na ceia do Senhor (quinta-feira santa), lava os pés dos discípulos. “Se eu não te lavar, não terás parte comigo!”. Jesus sabia que tinha chegado a sua hora de passar deste mundo para o Pai e assim amou os seus até o último momento possível.
Será que conseguimos enxergar o dom naquelas pessoas que Deus escolheu e colocou ao nosso lado? Fazer um elogio para aquele que muitas vezes te repreendeu dói no fundo na alma… A Paixão do Senhor (na sexta-feira santa) nos traz sentimentos. Precisamos reconhecer no gesto de quem dá a vida por nós a expressão extrema de um amor louco pela humanidade. Este amor tremendo precisa também se fazer presente em nosso coração, para que ele seja transformado em missão e vida.
Acreditar no invisível é confiar nas promessas de fé. Se você tem seu ministério “vivo” até hoje é porque acreditou e confia no que Deus colocou em seu coração como verdadeira missão. Na Vigília Pascal (sábado santo), presenciamos o medo das mulheres que foram ao túmulo de Jesus, levando os perfumes que haviam preparado. Somente depois de lembrarem que Jesus prometeu ser crucificado e ressuscitar ao terceiro dia, puderam ficar admiradas com o que havia acontecido.
A vida vence a morte na Páscoa (domingo santo). Queriam calar a voz de Jesus pregando-o numa cruz, mas Deus revelou sua força e poder ressuscitando-o ao terceiro dia. O que você ainda precisa fazer para ressuscitar seu ministério? Quantos Jesus terá que crucificar para receber a vitória? Quantas almas estarão em jogo, enquanto não acreditarmos na nossa ressurreição verdadeira e daqueles que Jesus nos confiou? O túmulo vazio é sinal de vitória. Ele está vivo no meio de nós!
Se preciso for, peça sofrimento ao Senhor, como eu também tive que fazer para que a minha missão começasse a frutificar e meu coração pudesse ser quebrantado. Lave de sua vida tudo aquilo que ainda se encontra com manchas e deixe que o poder do alto faça a verdadeira ressurreição em tudo e em todos.
A Páscoa está apenas começando…
Santa Cecília, rogai por nós!
*Coordenador e Vocalista da banda Canal da Graça
gostei do q vc falou.. pois eu tabem sou musico, e sei como é.. se agente ñ tive deus no coração é muito dificil seguir na caminhada ministerial.. q deus te abençoe!!!!!